sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Primavera e costume

Subi, paguei, sentei-me. Comecei a ler, como de costume, mas algo incomodava, mais que de costume, então parei. Era a mulher...que mais do que falar animadamente, tagarelava expansivamente contando ao motorista sobre a se-vergonha-da mulher-do-amigo-traído-blá-blá-blá...Não fosse suficiente, outras duas falavam entre si quando encontraram com uma terceira, enquanto outra falava ao celular e outra ainda mudava de lugar para conversar com a colega mais de perto. E no escritório mais gente falando mais alto que de costume...e ouvindo música, o que, digamos assim não é de costume. Será hoje o dia da comunicação, do bate-papo, da fofoca, mas será o benedito??!

Soube então que era o dia do início da primavera...que aliás acaba em 21 de dezembro, dia em que eu comecei. E então as árvores começam a florir, os gramados a verdejar, os amores a desabrochar. Também está se iniciando o ciclo da lua cheia. Será que essa combinação é que estava afetando a verve de toda aquela gente? Não sei, mas espero que amanhã tenhamos mais flores e menos falatório...como de costume.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ontem eu orei por você

Sempre lembro da Tia Neusa me dizendo que eu constantemente estava em suas orações, o que era algo diferente e que muito me confortava.

Raríssimas vezes fiquei em dormir em minha vida, não importa o problema que tivesse ou a situação que estivesse passando. Por outro lado, algumas vezes meus pensamentos me ocupam tanto que me impedem de simplesmente deitar e dormir e normalmente me levanto e começo a escrever as idéias que pipocam em minha cabeça.

Mas aquela noite foi diferente. Estava preocupado e pensava muito em você. Você se abriu conosco de maneira tão desreocupada, mesmo se tratando de algo que jamais comentara com outras pessoas. Foi como um pedido de ajuda e eu queria ajudar...só não sabia exatamente como. Deveria falar ali mesmo? Procurar por você em outro momento?

Então, pensando em você, naquela noite eu orei. E pedi por você. De coração, sem nada pedir em troca.

E assim, continuei orando...pelo amigo que viajava, pela mãe em dificuldade, pela família desunida, pelas crianças, por aqueles que sentem frio, pelos que procuram por oportunidades, por aqueles que precisam perdoar (se), ...e tantas outras coisas até que sem perceber adormeci .

E me senti tão bem por isso, bem comigo mesmo, de bem com a vida...


Quero então propor que você ore (reze, pense, envie pensamentos positivos) por alguém. Um alguém especial, seja por ser muito querida ou por estar muito necessitada de auxílio de qualquer natureza. E se possível, no dia seguinte, diga à essa pessoa: - Ontem, eu orei por você!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Uma questão de tempo...e perdão

O tempo é precioso por princípio, uma vez perdido não há como recuperá-lo.

Nem importa se a pessoa que o perde tem títulos, emprego ou residência fixa. Assim como fará pouca ou nehuma diferença se suas horas fossem cobradas (tempo é dinheiro) ou desperdiçadas por aquele que se atrasa (ladrão de tempo, que no Oriente é tido como indigno de confiança). Simplesmente não volta atrás.

Tudo isso pra falar de perdão...isso mesmo perdão. Pode parecer estranho, mas já vai fazer sentido (espero).

Os tempos estão sendo abreviados, o que não é novidade no meio cristão, aliás nem fora dele já que muitos têm a nítida sensação de que o tempo tem passado muito depressa. De modo geral, você que tem 20, 30, 40 ou 50 anos de idade não viveu tudo isso, o que reforça o dito que a vida é curta.

(Comentário em off: Posso parecer questioná-lo(a), mas quando aponto um dedo para você, estou apontando três dedos para mim)

A vida é curta demais para você perder tempo com picuinhas e ir dormir de cara feia, ou coração apertado. Você quer ter razão ou ser feliz? Deve ter escolhido a segunda opção, mas vive agindo em prol da primeira? Pense bem. Vale a pena ficar brigado uma semana (um mês, um ano, uma vida...) pra só então perdoar e voltar a ter alegria? Se você já sabe que, como na maioria das vezes, vai perdoar, pra que ficar esperando? Mesmo que tenha razão, perdoe agora, já, imediatamente... e vá ser feliz, pois é isso o que realmente importa!

Até porque pode ser que se deixar pra depois... não dê mais tempo.

Pense nisso.

domingo, 5 de setembro de 2010

Ói nóis aqui traveis!

Depois de um longo inverno, mesmo sendo com mais calor do que frio propriamente dito, estou de volta.
E não tem necessariamente uma justificativa adequada para minha ausência, a não ser pelo fato de que não tenho tido a disciplina ou a criatividade que julgo necessária para escrever algo que valha a pena ser lido.
Tenho pensado numa maneira mais efetiva de colocar em prática o nome do blog, de forma que possa realmente propor idéias, sejam elas minhas ou alheias. Para isso, tenho escrito algumas poucas linhas a mão pra que possa amadurecê-las.
Enquanto isso, reproduzo um dos textos fantásticos que constam de um dos livros que, aproveitando o feriadão, estou lendo: O Melhor de Max Gehringer na CBN. baseado em sua experiência, ele relata alguns fatos cotidianos do mundo corporativo com muita perspicácia e até certa dose de ironia, fazendo dessa leitura algo prazeroso e que me fez rir, embora sejam assuntos sérios. Boa leitura!

Ótimas idéias para o chefe? Só com testemunhas!
Todo mundo conhece a história do ovo de Colombo. Mas a história por trás da história é ainda melhor. A história diz que o cardeal Mendoza, da Espanha, ofereceu um banquete após Colombo ter descoberto a América. Que, na época, ainda não chamava América, chamava novo mundo, mas Isso não tem importância. Como muita gente invejosa havia sido convidada para a boca-livre, algumas pessoas se puseram a diminuir os méritos de Colombo, dizendo que qualquer um, com um barquinho e um pouco de sorte, podia ter chegado onde Colombo chegara. Colombo então os desafiou a colocar um ovo em pé. O garçom, que na época também não chamava garçom, chamava Juan, providenciou um ovo fresquinho e todo mundo tentou, mas ninguém conseguiu. Porque ninguém pensou no que Colombo faria a seguir. Quebrar uma das extremidades do ovo. Moral da história, depois que alguém mostra o caminho, é fácil segui-lo. A história é ótima, mas os historiadores afirmam que o verdadeiro pai do ovo não foi Colombo. Foi um arquiteto italiano da renascença, Filipo Bruneleschi, que havia feito o mesmo truque alguns anos antes. Colombo, que era italiano, sabia da história. Mas os espanhóis não sabiam e ficaram encantados com a criatividade de Colombo. Segunda moral da história. Quando uma idéia é boa e sua autoria é duvidosa, leva vantagem quem tem mais prestígio. No mundo corporativo, é muito comum um funcionário ter uma idéia, e apresentá-la para o chefe. Aí, o chefe diz que a idéia não é boa e pede para o funcionário esquecê-la. Uma semana depois, o chefe apresenta a idéia como se tivesse sido dele e não do funcionário. Terceira moral da história. Só bote um ovo em pé na mesa do chefe se houver testemunhas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Palavras sábias de Don Quijote de La mancha

"Primeramente, ¡0h hijo!, has de temer a Dios, porque en el temerle está la sabiduría, y siendo sabio no podrás errar en nada. Lo segundo, has de poner los ojos en quien eres, procurando conocerte a ti mesmo, que es el más dificil conocimiento que puede imaginarse. Del conocerte saldrá el no hincharte como como la rana que quiso igualarse como un buey...Haz gala, Sancho, de la humidad de tu linaje, y no te desprecies de decir que vienes de labradores; porque viendo que no te corres, ninguno se pondrá a correte, y préciate más de ser humilde virtuoso que pecador soberbio. (...). Hallen en ti más compasión las lágrimas del pobre, pero no más justicia, que las informaciones del rico. En lo que toca a cómo has de gobernar tu persona y casa, Sancho, lo primero que te encargo es que seas limpio, y que te cortes las uñas. Anda despacio, habla lentamente pero no de manera que parezca que te escuchas a ti mismo. Come poco y no bebas demasiado. Sé moderado en tu sueño y considera que el que no madruga con el sol no goza del día."

sábado, 5 de junho de 2010

Será que esse nome pega?

O ser humano é algo bem complicado, não? Costumo dizer que escolhi as ciências humanas, tentando fugir dos cálculos e números, com os quais até que me viro bem. Pois bem, fiz minha escolha, da qual não me arrependo. O detalhe é que, assim como outros, na hora de lidar com as pessoas, fico esperando resultados exatos e se há uma coisa que devemos esperar é que sejamos justamente inexatos, complexos, diversos.

Vejamos um exemplo prático e pessoal. Reluto bastante a entrar nas chamadas redes sociais, pois mesmo entendendo a utilidade das mesmas, fico um tanto ressabiado em me expor e publicar coisas a meu respeito. Saindo um pouco desse paradigma, o baseado no desejo de praticar a escrita e quem sabe descobrir se tenho algo a dizer que as pessoas queiram escutar, inaugurei o presente blog.

O problema é que contrariando meu instinto de auto-preservação, agora quero que o blog chegue até as pessoas, que elas comentem, que eu as inspire, que digam pra eu desistir, digo continuar em frente. Lendo o título outro dia, crítico que sou de mim mesmo, me pus a perguntar: Será que o nome do blog passa a idéia certa ou quem lê acha um pouco esnobe (diz ele /ela com ironia: Puxa, uma fonte de idéias! Que pessoa culta e inovadora!) e desiste antes mesmo de lê-lo?
Posso até estar exagerando, mas antes prevenir, certo? Vamos ao siginificado pretendido então!

Originalmente, era um trocadilho sugerido pela Stelles, conforme mencionei no discurso de inauguração (presunçoso...rss), e a isso adicionei um novo entedimento: Primeiramente, o Arial 12 corresponde a um tipo de fonte, um estilo de letra de forma e seu respectivo tamanho padrão. Soma-se a isso o fato de eu costumar escrever à caneta para só depois digitar, pois é assim que funciono melhor, é assim que consigo raciocinar, ter idéias. E como último detalhe, minha letra é toda certinha e de forma, chegando ao ponto de alguns dizerem que parece ter sido digitada. Entendeu, hã, hã, hã (acompanhado do movimento da mão que diz: pegou a idéia)?!

Bom, espero ter conseguido explicar. Agora me diga você: Será que esse nome pega?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Um aniversário feliz

No último dia 29 uma colega ficou noiva, o que já não é tão comum nos dias de hoje. Melhor ainda foi a surpresa que o namorado fez. Na hora de partir o bolo, disse que queria fazer um pedido especial de aniversário e tirando do bolso um par de alianças, singelamente pediu... a mão dela em casamento.

Tenho uma relação estraha com meu aniversário, mas aquele foi diferente.

Era o ano de 96 e fomos comemorar com um jantar no Pennsylvania, restaurante que quando ainda ficava no anexo do Citibank na Av. Paulista, marcou uma das nossas primeiras saídas de carro. Após nos acomodarmos à mesa, voltei para buscar as alianças escondidas no porta-luvas. Percebendo minha indecisão em retornar, o mâitre me abordou oferecendo ajuda. Contei sobre minhas intenções e pedi que nos trouxesse as alianças ao final do jantar. Tudo combinado, voltei para o meu lugar, comemos e conversamos ao som do piano ao vivo. Qual não foi a minha decepção quando ela recusou a sobremesa. Com a proposta de dividirmos meio a meio o que fosse servido, ela aceitou. E assim, voltamos ao plano original. Justamente quando o garçom caminhava em direção à nossa mesa, ela resolveu ir ao toilette e então vi meu atento cúmplice fazendo sinais para que o rapaz desse meia volta. De volta á mesa, ela sentou-se à minha frente, e finalmente nos foi trazido o prato, coberto por uma redoma de prata. Entre surpresa e desconfiada ela me perguntou: O que é isso? Disse que ela gostaria, ou pelo menos esperava que sim e pedi que retirasse a tampa. Diante da caixinha de couro cinza desvendada, levantou-se e abraçou-me apertado por sobre a mesa. Nos beijamos entre lágrimas e ficamos nos olhando sem nada dizer. Nosso silêncio só foi interrompido pelo pianista que pedia a atenção dos poucos presentes, informando que eu acabara de pedí-la em casamento. Recebemos uma salva de palmas e em seguida dedicou-nos uma canção, dedilhando ao piano "Como é grande o meu amor por você". Carlos, meu inesperado e valioso parceiro, veio também nos cumprimentar com os votos que fôssemos tão felizes quanto ele no casamento. Gostaria de um dia encontrá-lo novamente para dizer que deu muito certo e que ele e sua equipe nos proporcionaram algo especial.

Se me lembro bem, paguei a conta em dinheiro mesmo, as alianças eram de um modelo simples da H. Stern, o jantar certamente poderia ter sido mais caro, mas a combinação dos acontecimentos daquela noite, simplesmente não tem preço.

Alvorada


Não sei quem é o autor.
Lembro apenas de ser convidado a olhar através das grandes janelas naquela bonita manhã, enquanto ouvíamos o rapaz declamando com emoção as palavras que nos faziam refletir...

A fúlgida alvorada, com seus raios multicores,
Anuncia o nascer de mais um dia pleno de vida
Jovem, contempla somente a ti
E transforma-te num flamejante colorido
E na súbita reação, esparrama em teu interior
Feito as ramificações das veias, o brilho radiante de tua decisão
Até ofuscar os olhos de todos
E ao despertar de tua decisão, nascerá o brilho da imaginação
Transformar-te-á em magnífico ser vivente
E conhecerás a inexplicável alegria de ser tu mesmo.
Rasgando as nuvens, és águia voando livremente pelos céus
Ou talvez um leão a caminhar á sombra das trevas
Ou uma bandeira a tremular nos céus ao sabor da brisa.
Vibrante dinamismo farás refletir em teu destino
Qual platina, uma fulgurante alvorada.

Um excelente dia pra você!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Não tem preço

Recentemente ouvi a seguinte fala em um seriado de tv: "Criar filhos deve ser a coisa mais difícil do mundo (...) e também a mais recompensadora". Acredito nisso. O que acontece é que ainda estou tentando prepará-los adequadamente para que lá na frente goze da recompensa de ter cumprido meu dever de pai. É preciso indicar os caminhos, "ensinar a pescar", e acima de tudo ser persistente para conseguir mostrar a importância de valores como disciplina, obediência, independência, iniciativa, entre tantos outros. Me canso de repetir as mesmas coisas, e justamente quando me questiono se ainda vou acertar mais do que errar, algo simples e simultaneamente incrível acontece.
Era um domingo frio, mas ensolarado. Fomos ao parque para que as meninas brincassem e meu filho pudesse, pela primeira vez, trocar figurinhas. Minha tentativa para que interagisse foi frustrada por ter poucas figurinhas e ele achava que ninguém fosse se interessar. Então, desistiu! Apesar da argumentação de que não era bem assim, tudo foi em vão, estava irredutível. Nem a proposta de tentar sozinho, em troca de mais alguns envelopes de cromos auto-colantes, foi aceita...e aí perdi a paciência.
Passados alguns minutos, resolvi tentar novamente. Mostrei que bastava que se misturasse, deixando suas figurinhas à mostra e aos poucos estaria sendo abordado pelos demais para as almejadas trocas. E funcionou! Em poucos instantes lá estávamos nós falando com um e outro, figurinha pra cá, álbum pra lá, uns tentando até vender, principalmente as brilhantes e também as tidas como mais difíceis. Além de ter superado a timidez ainda aprendeu, na prática, o que minhas palavras foram incapazes de explicar.
Senti um gostinho de vitória por conseguir, mesmo que não imediatamente, pensar em uma saída alternativa. E com grande satisfação me peguei repetindo mentalmente : "Adoro quando dá certo, adoro quando dá certo". Enquanto isso, ele ia caminhando com um sorriso no rosto e mais de setenta figurinhas inéditas na mão. Resumo da estória: Entrada no parque R$0,00, 10 pacotes de figurinhas R$7,50!, ver meu filho aprendendo...não tem preço. Até domingo que vem!

Poesia nos trilhos

Esses dias me deparei com algo inusitado e que se revelou uma grata surpresa.
Enquanto aguardava na plataforma da estação por um trem em que pudesse entrar, comecei a observar as coisas ao meu redor. Olhava as pessoas que ali aguardavam, ouvia uma conversa aqui e ali e numa das vezes que tirei os olhos do livro que lia para ver se o tão esperado trem vazio estava chegando, meus olhos perceberam uma inscrição na parte superior das paredes à minha frente. Ainda sem entender bem do que se tratava, comecei a ler por cima do teto do vagão as seguintes palavras: "Para ser grande, sê inteiro: nada"

Que frase impressionante era aquela? Realmente emblemática, como descreveria posteriormente meu amigo Luiz. Precisei aguardar até que o trem partisse para que pudesse voltar a ler...

"...Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

Fiquei bem impressionado e depois vim a saber que se tratam de versos de Ricardo Reis, um dos heteronimos mais conhecidos de Fernando Pessoa. Esses e outros versos e sonetos estão presentes em diversas estações do metrô de São Paulo. Se não reparou ainda, aproveite a partir de agora. Pode trazer pro seu dia, ainda que chuvos, frio, atribulado, um pouco mais de poesia, beleza e cultura.

sábado, 15 de maio de 2010

Hoje, o homem criou asas

"Tá vendo aquele colégio moço? Eu também trabalhei lá. Lá eu quase me arrebento, pus a massa, fiz cimento, ajudei a rebocar. Minha filha inocente vem pra mim toda contente: - Pai, vou me matricular. Mas me diz um cidadão: - Criança de pé no chão, aqui não pode estudar. Esta dor doeu mais forte. Por que eu deixei o norte? Eu me pus a me dizer. Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava tinha direito a comer. (...)
Foi lá que Cristo me disse: - Rapaz deixe de tolice. Não se deixe amedrontar! Fui eu quem criou a terra, enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar. Hoje, o homem criou asas e na maioria das casas Eu também não posso entrar."
Cidadão - Zé Geraldo

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Para aqueles que gostam do Brasil

Costumo dizer que pelo menos a cada quatro anos a gente se sente mais brasileiro. E 2010 é um desses tais anos. Ano em que cada um se orgulha de vestir verde amarelo, crianças e adultos se reunem para trocar figurinhas do álbum da Copa, ano em que tantos milhões de tvs e rádios ficarão sintonizados para que esse povo torça, vibre, cante, chore e quiçá comemore. Pena que nem sempre seja assim. Pena que nem tudo seja alegria. Apesar de tudo e de todos o brasileiro continua confiante no país que o seu Brasil pode vir a ser. E eu sou um deles!
Falando em rádio, ouvi nessa tarde um texto adaptado e narrado por Salomão Schvartzman com sua marcante voz para aqueles que gostam do Brasil. Leia e, se preferir ouça, clicando no link (http://bandnewsfm.band.com.br/pop_audio.asp?MMS=http://www.bandnewsfm.com.br/audio/SALOMAO_1205.mp3&ID=300987)
Vale a pena!



Meu país

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde os que tem razão passam a ser vis
E maltratam o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país em que as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com noventa milhões de analfabetos
E uma multidão maior de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez e nem direitos
Mas corruptos têm voz, tem vez, tem bis
E o respaldo de um espírito comum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Onde o povo da fila só é feliz
Quando tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Um país em que doente não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que perdeu a compostura
Atendendo a ditadores sutis e políticos
Que dividem o Brasil em mil Brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser um país que faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornô e inglês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De dizer o que pensa e o que diz
Que não é capaz de curar a cicatriz
Desse povo tão bom que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país


Mas seja, com certeza, feliz!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Descubra seus pontos fortes

Um dos temas que quero postar aqui é sobre livros.Entre os títulos que li esse ano, um dos que mais gostei foi Descubra seus pontos fortes de Marcus Buckingham (Ed. Sextante). Veja a introdução:

"Guiada pela crença de que bom é o oposto do mau, a humanidade tem insistido há séculos em sua fixação na culpa e no fracasso. Os médicos estudaram as doenças para aprender sobre a saúde. Os psicólogos investigaram a tristeza para aprender sobre a alegria. Os terapeutas procuraram decobrir as causas do divórcio para aprender sobre o casamento feliz. E nas escolas e locais de trabalho, nos quatro cantos do mundo, cada pessoa tem sido encorajada a identificar, analisar e corrigir suas fraquezas para se tornar forte. Esse conselho é bem-intencionado, mas equivocado. (...) Para se destacar na área que você escolheu e encontrar satisfação duradoura no que faz, você vai precisar entender seus padrões específicos. Precisará se tornar um perito em localizar, descrever, ajustar, praticar e refinar seus pontos fortes."

Baseado num estudo do Instituto Gallup com mais de 2 milhões de pessoas, o livro traz 34 temas pontos fortes identificados e também dá acesso a um teste na internet que indicará quais são os cinco ponto fortes dominantes em você.

Acredito que essa leitura tenha me auxiliado a pensar, através de um novo ponto de vista, sobre as tantas habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, reconhecer os meus talentos, assim como pode ajudar a entender melhor as pessoas com quem interagimos.

Boa leitura!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Escolhas

Começa-se cada vez mais cedo a ter que fazer escolhas e a pressão para decidir o que se vai fazer pelo resto da vida é um passo, na maioria das vezes, bastante difícil.

Ele foi o 1o. da Família a cursar o nível superior e mesmo tendo optado pela Administração tinha mais dúvidas que certezas sobre o que aconteceria em sua vida profissional.

Trabalhou na KPMG e no Banco Matrix, mas seria participando num treinamento motivacional que aquele jovem tímido, depois de muuuuita insistência de sua mãe, viria a descobrir o seu talento.

Tendo aprendido/entendido muito sobre si, mesmo com as mãos suando e as pernas tremendo, subiu ao palco para agradecer aos treinadores, afirmando que esperava poder um dia fazer por outros o que haviam feito por ele naquele final de semana.

Aceito o desafio de se preparar para tal, atingiu seu objetivo dois anos depois ao integrar a equipe de treinamento daquela empresa. De lá para cá já se passaram 13 anos e cada vez mais se envolve com o treinamento, o que segundo alguns, é o que faz seus olhos brilharem.

Tive a felicidade de descobrir o que realmente quero e gosto de fazer. Ainda assim passo por momentos que me fazem refletir se estou no caminho certo, quais os próximos passos e suas consequências... será que vai dar certo?

Lembro então que devo desacelerar os pensamentos e fazendo a minha parte, deixar também que as coisas "aconteçam"...

Às vezes um simples video me ajuda. Independentemente de ser o seu caso, dê uma olhada nesse aqui. Apesar de ter mais de dez anos é bem atual:


domingo, 9 de maio de 2010

Extra! Extra! Extra!

Finalmente tem início o blog "Arial12 fontedeidéias".

A vontade de escrever era grande e o receio de não saber o que escrever maior ainda. Só mesmo com o incentivo contínuo e cobrança incessante de Luiz Monaro, que costumo chamar de embaixador da cultura e de Suélem Telles, psicóloga, pseudo-administradora e autora do título do blog é que pude chegar até esse ponto.

Quero aproveitar esse espaço para compartilhar, como o próprio nome diz, algumas idéias que for garimpando por aí nos livros, bate-papos, filmes, viagens e até naqueles momentos em que fico sozinho, em silêncio...matutando.

Tudo isso com bom gosto e bom humor, sem contudo deixar de lado a seriedade necessária.

Melhor do que me seguirem, pois posso me perder temporariamente no caminho, convido-os a me acompanharem, comentando, sugerindo e palpitando.

Espero que gostem!